Desde que nascemos, ou desde “quase” isso, sabemos que um dia chegaremos ao fim. Não há como escapar desse fato. Mas o modo de lidar com a finitude, ou mesmo com o luto, com a perda de alguém, varia de pessoa para pessoa. Uns fazem de conta que só acontecerá com o outro ( ou com a família do outro); outros têm a questão como tabu e se recusam até a falar sobre isso, não conseguem nem pronunciar o nome popular da doença acometida e outros ainda conseguem enxergar como parte da vida e colocá-la num patamar que seja viável, ao menos, conviver com a ideia. Dei aqui apenas três dos modos de encarar a finitude, mas podemos entender que existem oito bilhões de modos, um tipo diferente para cada pessoa na terra, uma vez que é um processo subjetivo: como a população mundial está girando em torno desse número, daí a comparação a ser entendida.
Mas aí vem a seguinte pergunta: “como saber de que modo eu vou tratar desse assunto quando ele aparecer repentinamente como uma ameaça ou possibilidade próxima?” E a resposta mais honesta, a meu ver, é : “tudo vai depender de como você levou, leva ou vem levando a sua vida”, ou seja, talvez seja preciso você começar a levantar perguntas para si mesmo, do tipo : “estou fazendo isso por mim ou pelo outro”? “quem sou eu? Eu estou satisfeito com o modo que me enxergo?” “será que é necessário concordar ser do jeito que as pessoas me enxergam, mas aí não é complicado? porque cada um me enxerga de modo diferente, a partir do que eles veem, não é?
São em algumas dessas primeiras questões, desses primeiros passos (levantados aqui de forma bem abrangente, genérica) que talvez você comece a refletir sobre o fim e sobre o fato de você (nem ninguém) saber quando ele será. Posto isso, temos a importância de conhecer a si mesmo para se cuidar do jeito que você quiser, de você fazer escolhas, mesmo dentro de um cenário maior que foge ao nosso controle: a chegada do fim.